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O blog sobre Ética e Cidadania

Ética no dia-a-dia

Em nosso mês de férias decidi escrever algo menos metódico, mais ligado às nossas ações diárias, tal que ética e cidadania se coexistam.

Comecemos então, por ações simples, como a ida a um supermercado. É comum vermos pessoas reclamando sobre a demora das filas, principalmente aquela que privilegia pessoas que compram até vinte volumes. Mas, se apenas vinte produtos serão computados pelo atendente, por que ocorre tanta demora? Simples, as pessoas que estão nessas filas não respeitam a quantidade de produtos especificada, ou seja, para serem atendidos mais rapidamente, acabam por prejudicar aquelas que realmente estão acatando ao determinado.

Cheguemos agora a um ponto de ônibus, comum em qualquer cidade de nossa região. O “corte de fila” evoluiu para algo freqüente. Não há mais o respeito por aqueles que antes chegaram, ou, ainda, as chamadas “boas ações”, como ceder o lugar para idosos ou gestantes. Pessoas com crianças pequenas preferem que estas ocupem os lugares vagos que deixá-los pra os mais velhos. O grande problema disso é a precoce falta de ética, na qual, pela falha dos pais ou responsáveis, essas crianças crescem sem ter exemplos, resultando, muitas vezes, numa falta de ética generalizada.

Outro problema decorrente da falta de ética, relacionado ao trânsito, é a ultrapassagem pelo lado direito, a qual pode ser observada constantemente; imprudências como esta são causadoras de acidentes, e até de mortes.

Citando apenas estes três casos, chegamos à conclusão que os valores éticos, na verdade, estão em desuso. Também dá-se para concluir que existe uma contradição: as pessoas reclamam, e muito da falta de ética dos outros, mas na sua prática cotidiana não inclui essa ética. Como se elas existissem pairando acima da sociedade e dela não fizessem parte.

Para clarear vamos rever alguns conceitos. A ética significa aquilo que é bom para o indivíduo e para a sociedade, portanto onde se definem e se explicam os direitos e os deveres, e tem a ver com o caráter. Já a moral é espaço onde nós a praticamos. Por exemplo: é ético fazer algo de bom para você, que te beneficie desde que você não prejudique outra pessoa. O que é moralmente permitido; já o contrário, é imoral.

Vamos também lembrar que comumente atos como furar fila, jogar lixo no chão, estacionar em vagas exclusivas e especiais, entre outras, são considerados "apenas" como falta de educação, o que definitivamente não é. Eles ultrapassam o limite da individualidade e invadem um espaço que é do coletivo, dos outros.

Por isso não podemos esquecer que valores éticos vão desde furar uma fila, até a discussão da eutanásia ou da união de pessoas do mesmo sexo, ou da liberação ao aborto, por exemplo. Tudo é igualmente importante na ética social, pois norteia o comportamento dos indivíduos e, em última análise, o rumo da sociedade.

Logo, a ética social só sobreviverá se for para todos. Só teremos uma sociedade melhor, mais justa, quando for praticado o princípio elementar da ética social: "o bem para si e para a sociedade". Do resto, não adianta esperar que as mudanças caiam do céu ou venha dos outros. Cidadania é tudo!

Saudações "eticidas"

Paulo

Abaixo, um vídeo humorístico sobre o assunto.


1 comentários:

Mores Civitas disse...

muito bom paulinho... produzindo até nas férias...

Luiz Felipe "Harry"

Ps: ele vem falar de casamento entre o mesmo sexo e depois eu que sou gay...

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