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Soltando a verba... pública, é claro!


Cerca de 70 projetos de leis (PLs) que tratam da prevenção e combate à corrupção na política brasileira ainda aguardam votação no Congresso Nacional. Pesquisando mais sobre o assunto, conclui que nossos senadores andam muito ocupados desfazendo atos secretos e jogando, desculpem a expressão, “merda no ventilador” na política brasileira, por isso os PLs ainda tramitam na montanha de papelada burocrática, bem ao lado da montanha de rescisões contratuais dos parentes do Sarney.

Em diversos estudos e diagnósticos da corrupção no Brasil, quase sempre verifica-se que os casos e escândalos sustentam-se na mesma fonte. Uma destas fontes, apontada como o “pilar da corrupção” é a imunidade parlamentar. Outros pontos como o excessivo sigilo bancário entre outros fatores, colaboram para que nossos queridos senadores usufruam do dinheiro público nos palanques soltando a verba, pública, é claro! Entre todos esses fatores que contribuem para a corrupção no Brasil, podemos destacar, em ordem de importância:

1. imunidade parlamentar;

2. sigilo bancário excessivo (os bancos muitas vezes não colaboram com as investigações);

3. falta de transparência nos gastos públicos (dizem que os vidros do Senado andam bem sujos);

4. preenchimento de cargos públicos (elevada quantidade de parentes do Sarney);

5. critérios para nomeação de ministros do STF, STJ e TCU;

6. foro privilegiado para autoridades (com cafezinho e bolacha entre as sessões);

7. liberalidades existentes para as instituições filantrópicas e para as ONG´s;

8. formas de financiamentos de campanhas eleitorais (o empréstimo é consignado e pode ser investido na bolsa de valores, eu disse “pode”);

9. critérios para elaboração e execução de repasse de recursos de emendas parlamentares;

10. impunidade (dispensa comentários).

Ironicamente, entre as proposições que devem ser levadas ao presidente da Câmara, segundo os órgãos responsáveis pela pesquisa (Conamp e Ajufe) está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 128/2003) que proíbe a prática do nepotismo para cargo ou função de confiança na administração pública. E não para por aí: os deputados da Frente Parlamentar também reforçam a necessidade de pressionar o queridíssimo presidente da Casa da mãe Joana, dar início a uma campanha institucional denominada: “A corrupção deixa marcas”, desenvolvida pela secretaria de Comunicação da Câmara, a ser veiculada nos meios públicos de informação.

“A corrupção deixa marcas”, profundo, não? Até quando a política no Brasil será tratada como piada?

Brunno Caetano

Atenção! Para ver os projetos e em que situação se encontram, clique aqui!

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